sábado, 7 de janeiro de 2012

Que sejas

Que sejas tu meu amor derradeiro:
vivo e certeiro qual tempo que vai
singrando meu norte, unindo-o à tua sorte,
sem medo ou degredo frente a algum ai.

Que sejas tu meu amor derradeiro,
celeiro de vida erguida do chão:
de semente plantada, de muda
enxertada - ou de flor em botão.

Que sejas tu meu amor derradeiro,
braseiro inda aceso ao frio de abril.
Resiste comigo até o jazigo:
faremos da morte um beijo gentil.