Pela brita do amor, apedrejado
Aleijado se arrastou pra beira-mar
Sem respirar, uma onda o levou
Agora fico aqui a ver navios
Com arrepios aguardo um sinal
Para bem ou pra mal, na praia estou
Pois se me vou, ele pode retonar
Meu coração se perdeu
Nas vagas do mar se deixou levar
Meu peito, oco, imerso na saudade
Sensibilidade já não sabe o que é...
Sentada no trapiche solitárioVejo um moço e uma rede em sua mão
Senhorita, choras por algum naufrágio?
Choro, meu senhor, por meu pobre coração
Ele pega em seu barco uma caixinha
E ao abrí-la, que surpresa se mostrou!
Sinhazinha, seque pois tua tristeza
Teu coração em minha rede se enroscou
Meu coração se perdeu
Nas vagas do mar se deixou levar
Meu peito, oco, imerso na saudade
Sensibilidade já não sabe o que é...
Meu pobre coração não respiravaDesacordado, nem me reconheceu
Já nem batia, não lembrava o meu nome
Mais uma vez pulsou e assim morreu...
A água lá do mar meus olhos veio encher
Os braços do rapaz, meu choro recolher
Ora, pescador, como lhe posso dar amor
Se o mar, que é tua paixão, afogou meu coração?
Meu coração se perdeu
Nas vagas do mar se deixou levar
Meu peito, oco, imerso na saudade
Sensibilidade já não sabe o que é...
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